Artrose
A artrose (artrite degenerativa, doença degenerativa das articulações) é uma pertubação crónica das articulações caracterizada pela degenerescência da cartilagem e do osso adjacente, que pode causar dor articular e rigidez.
Artrite Reumatóide
Artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica, autoimune, que afeta as membranas sinoviais (fina camada de tecido conjuntivo) de múltiplas articulações (mãos, punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos, pés, ombros, coluna cervical) e órgãos internos, como pulmões, coração e rins, dos indivíduos geneticamente predispostos. A progressão do quadro está associada a deformidades e alterações das articulações, que podem comprometer os movimentos.
Bursite
Bursite é a inflamação da bursa, pequena bolsa contendo líquido que envolve as articulações e funciona como amortecedor entre ossos, tendões e tecidos musculares. A bursite ocorre principalmente nos ombros, cotovelos e joelhos.
Osteoporose
A osteoporose é uma doença que atinge os ossos. Caracteriza-se quando a quantidade de massa óssea diminui substancialmente e desenvolve ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fraturas. Faz parte do processo normal de envelhecimento, e é mais comum em mulheres do que em homens.
Fibromialgia
O termo fibromialgia refere-se a uma condição dolorosa generalizada e crônica. É considerada uma síndrome porque engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono .
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Bursite
Tendinite - Como Evitar
Tendinite
A tendinite é uma inflamação que ocorre nos tendões. Pode ser por motivos de esforço repetitivo, sobrecarga ou até mesmo por causa de uma alimentação incorreta.
A tendinite ocorre por causa de uma inflamação nos tendões
→ Antes de começar uma rotina de exercícios, condicionar os músculos;
→ Sempre fazer aquecimento antes de começar qualquer atividade física;
→ Quem trabalha muito com computador e faz movimentos repetitivos deve parar sempre e se alongar para evitar a LER (lesão por esforço repetitivo);
→ Procurar ajuda médica e seguir todas as orientações prescritas.
domingo, 17 de fevereiro de 2013
sábado, 16 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Vital Brazil anuncia produção de medicamentos contra artrite reumatoide
Para entender o que são biossimilares, o reumatologista Geraldo Castelar, membro da Comissão de Artrite Reumatoide da SBR, explica que se trata de medicamento que têm como referência um original biológico cuja patente expirou, permitindo assim que laboratórios interessados possam produzir tais similares. Entretanto, ressalta Castelar, é importante dizer que se trata de um processo de produção sofisticado e complexo, tanto para o original biológico, quanto para o biossimilar, já que se está lidando com medicamentos feitos a partir de proteínas produzidas em células vivas.
“No caso de biossimilares, para terem sua entrada no mercado aprovada, é preciso que seja comprovada alta semelhança de sua estrutura química, eficiência e segurança com o original”, explica Castelar. Ele diz ainda que no Brasil, na área de reumatologia, até hoje nenhum biossimilar teve aprovação para ser comercializado. “Sabemos que essa parceria tem potencialmente capacidade para a produção do biossimilar e consequente aprovação, mas teremos de aguardar todo esse processo para saber se esses biossimilares serão mesmo oferecidos aos pacientes com artrite reumatoide no Brasil”, diz Castelar. Segundo ele, há ainda a possibilidade de a empresa Bionovis, ou qualquer outro laboratório aqui no Brasil, comprar medicamentos biossimilares já produzidos lá fora e, uma vez que seja aprovado pela ANVISA, embalar e vender aqui, o que é perfeitamente legalizado.
Barateamento
Além de estimular o desenvolvimento da biotecnologia nacional, em especial, da mão de obra qualificada, o potencial benefício da produção local desses dois biossimilares, diz Castelar, é seu barateamento em relação aos originais, já utilizados no país. Estima-se que os remédios biossimilares possam ficar cerca de 20% mais baratos que os originais. Isso se deve ao fato de não serem necessários investimentos em estudos para comprovar seu mecanismo de ação. Além disso, os estudos de eficácia e segurança são, geralmente, mais simples e menos dispendiosos.
Castelar explica ainda que há em vigência, editada este ano, uma portaria do Ministério da Saúde incluindo uma lista de medicamentos biológicos no tratamento da artrite reumatoide que podem ser prescritos pelos reumatologistas a seus pacientes, que terão direito ao acesso pelo SUS. Assim, ressalta Castelar, é de se prever que esse acesso seja aumentado diante da oferta dos biossimilares.
Quanto ao prazo anunciado pelo presidente do Instituto Vital Brazil, de que a entrega dos remédios está prevista para começar em 2014, Castelar comenta que não se conhece ainda a existência de uma fábrica construída ou em construção, de propriedade da Bionovis, o que deixa dúvidas quanto ao prazo anunciado da entrega. “A não ser que realmente a empresa proceda à compra de importados e venda no Brasil”, diz Castelar.
Efeitos dos remédios
Um dos medicamentos constantes da reportagem, o Etanercepte, tem o efeito de inibir a ação do fator de necrose tumoral. Esta substância, produzida por células do sistema imunológico, na artrite reumatoide, está no processo inflamatório crônico que acomete as articulações que, se não tratado, pode levar à destruição das mesmas.
No caso do Rituximabe, sua ação é depletando certos tipos de linfócitos B, células do sistema imunológico, que também estão envolvidas no processo inflamatório articular da artrite reumatoide.
Quando estiverem disponíveis no Brasil, os biossimilares trarão um novo questionamento: quem já toma os agentes biológicos originais poderá passar a utilizar um biossimilar correspondente? A resposta, segundo Castelar, é “não”. “Ainda não há estudos de intercambialidade que garantam a segurança do paciente com a troca entre os originais e os biossimilares desses medicamentos.” O mais recomendável, no momento, segundo Castelar, é que quem já toma o original permaneça com ele e que apenas aos novos pacientes seriam prescritos os biossimilares”. Por fim, ele salienta que, com a chegada dos biossimilares, será ainda mais importante o monitoramento dos efeitos colaterais dos agentes biológicos (estudos de farmacovigilância).
Pesquisa enfoca osteoporose em homens
O estudo, publicado no New England Journal of Medicine, de que participou o Centro de Pesquisa e Análises Clínicas (CCBR), do Rio, mostrou que cerca de 40% das fraturas causadas pela osteoporose são nos pacientes do sexo masculino. Assim, a recomendação dos pesquisadores, é que os homens, a partir dos 65 anos, façam o exame de desintometria óssea para identificar precocemente o risco de desenvolver osteoporose.
BISFOSFANATO
A pesquisa mostrou ainda, segundo os resultados deste estudo, que o tratamento com bisfosfonato venoso (ácido zoledrônico), aumentou a massa óssea e preveniu fraturas, resultado demonstrado após análise de 1.199 homens entre 50 e 85 anos com osteoporose.
O coordenador da Comissão de Doenças Osteometabólicas e Osteoporose, da SBR e prof de reumatologia da UFPR,Sebastião Cezar Radominski, explica que outros bisfosfonatos orais já mostraram efeito semelhante, “porém pela primeira vez com um bisfosfonato Intravenoso (IV) que é usado apenas uma vez por ano”. Trata-se, segundo ele, do ácido zoledrônico (Aclasta), que já é aprovado e usado no Brasil para mulheres com osteoporose na pós-menopausa e também homens e mulheres que já tiveram fratura de quadril. “Este estudo mostra que o Aclasta também é eficaz em redução da taxa de fraturas vertebrais em homens com osteoporose com mais de 50 anos com uma aplicação venosa ao ano por dois anos seguidos”, informa Radominski, ressaltando entretanto que o estudo não demonstrou ser eficaz para reduzir fraturas de quadril.
A ação do bisfosfonato venoso, diz o reumatologista, é a mesma dos demais bisfosfonatos, que é impedir a reabsorção de cálcio (são todos antirreabsortivos), “porém pela característica da molécula, sua ação antirreabsortiva dura por um ano, enquanto nos orais a ação pode ser semanal ou mensal”.
Quanto à porcentagem de 40% de fraturas causadas pela osteoporose serem no grupo masculino, Radominski explica que se trata de uma projeção da OMS feita pelo Dr. Kanis, que é um expert em osteoporose. Ele ressalta, porém, que não é uma estatística exata. “O que está comprovado a partir de vários estudos é que embora as fraturas de um modos geral sejam mais frequente nas mulheres na pós-menopausa , a taxa de mortalidade é maior nos homens que sofrem fratura após os 50 anos.salienta.
Radominski esclarece ainda que, no homem, as causas que levam à perda óssea e osteoporose são geralmente multifatoriais, como a idade, o alcoolismo, o aporte inadequado em cálcio e vitamina D, o uso de corticoides e baixa produção de testosterona.. “O homem é menos dependente da testosterona que a mulher dos estrógenos, já que a andropausa se instala mais lentamente, diferentemente da menopausa, que é abrupta, com parada de produção dos hormônios femininos”.
MITOS & VERDADES em Reumatologia.
Mito:
"Reumatismo é doença de velho".
Fato:
Em primeiro lugar o termo “reumatismo” é um termo popular consagrado para se referir a alguma das muitas doenças que podem ter manifestações no sistema músculo esquelético. Além disso estas doenças podem ocorrer em qualquer faixa etária.Mito:
"Reumatismo ataca no frio".
Fato:
O ambiente mais frio apenas aumenta a sensibilidade e a percepção dolorosa levando o paciente a acreditar que a doença “atacou” por causa do frio.Mito:
"Reumatismo no sangue".
Fato:
Este é uma expressão criada há muitos anos pelos próprios médicos para aqueles pacientes com dor e alguma alteração nos exames laboratoriais (“exames de sangue”) sem que necessariamente houvesse doença.Mito:
"Exames para reumatismo".
Fato:
O termo “reumatismo” é vago como já foi mencionado acima. Os exames, quando solicitados, levam em consideração a queixa e o exame físico de cada paciente. A grande maioria deles é inespecífica e devem ser analisados com muito cuidado. Além disso muitos destes exames podem estar alterados em indivíduos saudáveis.Mito:
"FAN positivo, o paciente tem lupus".
Fato:
Este exame laboratorial geralmente é positivo no lupus eritematoso sistêmico. Contudo também pode estar presente em várias outras doenças, pelo uso de determinados medicamentos e até mesmo em pessoas saudáveis.Mito:
"Fórmula para reumatismo".
Fato:
Isto não exite. Cada doença tem seu esquema terapêutico definido. Esta tal “fórmula” geralmente consiste num coquetel de drogas com efeito paliativo e freqüentemente associado a uma grande quantidade de efeitos colaterais.Mito:
"Dor nas articulações significa reumatismo".
Fato:
Dor articular é uma manifestação clínica como outra qualquer. Pode estar presente em diversas patologias sem qualquer relação com “reumatismo”.Mito:
"Alimentos ácidos aumentam o ácido úrico".
Fato:
O ácido úrico é um produto do metabolismo de uma variedade de proteínas chamada purinas. Já os encontrados em frutas e alimentos são o ácido cítrico, o ácido ascórbico e o ácido acético. Tem em comum apenas o fato de serem ácidos.Mito:
"ASLO elevado indica reumatismo".
Fato:
Este exame laboratorial apenas indica presença de anticorpos contra uma bactéria chamada Streptococo. Pode estar elevado na maioria das infecções respiratórias, inclusive uma simples gripe, e permanecer elevado por muitos meses.Doença reumatológica incapacita
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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Artrose: se você não tem, ainda vai ter
preciso procurar um Reumatologista.
Aí se inicia a confusão: reumatismo (do grego reuma - fluido) não é uma doença, mas um termo genérico que significa apenas dor nas juntas. A confusão piora quando traduzimos textos do inglês: na língua de Shakespeare, reumatismo (rheumatism) é sinônimo de arthritis. Nos textos em inglês, a artrose ou osteoartrose é chamada osteoarthritis e está formada a bagunça semântica.
Numa primeira consulta, salta aos olhos a falta de clareza: qual a diferença entre artrite e artrose? Esta é a pergunta infalível, fruto de uma confusão primariamente semântica: artrite (do grego artros - articulação e do latim ite - inflamação) denota a presença de uma das três características definidas por Galeno (século III d.C): dor, calor e rubor.
A artrite é sempre um evento patológico, que denota uma doença. Existem mais de cem causas de artrite ou inflamação articular: a mais comum e temida é a Artrite Reumatóide, doença de origem autoimune que provoca grave acometimento das articulações, com grande destruição das mesmas. Mas existe também a artrite psoriática, associada a formas graves de psoríase cutânea, a artrite gotosa ou gota, causada pelo depósito de cristais de ácido úrico (urato), a artrite reativa, causada por infecções, a artrite que acompanha doenças sistêmicas como o Lúpus Eritematoso, entre muitas mais.
Quando falamos de artrose ou osteoartrose, estamos falando de um reumatismo, mas de um reumatismo diferente: aquele que todos vamos ter (se já não temos). É o reumatismo causado pelo desgaste articular, também chamado de degenerativo. Este caráter de desgaste é muito mal compreendido e associado a doença de velhos.
Não se trata de doença, apesar do mau uso da língua e do sensacionalismo da imprensa leiga que, traduzindo textos do inglês, anuncia: o mundo tem uma epidemia de artrite (tradução equivocada de osteoarthritis ou arthritis).
A proposta deste texto é tentar aclarar o significado deste processo pelo qual todos haveremos de passar, se vivermos o suficiente: a artrose.
Quando atingimos o auge do nosso desenvolvimento músculo-esquelético (algo em torno dos 28 anos), já se inicia um silencioso processo de desgaste articular. Se submetermos alguma de nossas articulações a um estresse precoce, como esportes em nível competitivo ou traumas, este processo pode ser ainda mais precoce. Todos conhecemos jogadores de futebol, tenistas e nadadores com desgaste precoce de joelhos, quadris ou ombros.
O desgaste da cartilagem articular se deve a uma particularidade do tecido que reveste as articulações: os condrócitos, células formadoras do tecido cartilaginoso, não se regeneram (faz parte do senso comum a compreensão de que apenas os neurônios, células do tecido nervoso, não podem se regenerar). Assim, uma vez destruído um condrócito, não há peças sobressalentes para reparar a cartilagem. Além disso, a cartilagem articular não é vascularizada, ou seja não recebe seus nutrientes através de vasos sanguíneos, mas se nutre apenas por embebição (como uma esponja) a partir do osso situado logo abaixo da cartilagem, chamado osso subcondral.
A partir do nosso pico de desenvolvimento osteo-articular, começa um lento, insidioso e inicialmente assintomático processo de desgaste, desidratação e afilamento da cartilagem: a chamada artrose.
Apesar de ser um fenômeno universal (todos vamos ter), nem todos teremos uma artrose igual à de nosso vizinho: por fatores genéticos, algumas pessoas têm artrose um pouco mais precoce; umas têm artrose nas mãos (como suas mães ou avós), outras nos joelhos (em função de excesso de peso ou de joelhos em valgo - em xis - ou varo - pernas tortas à Garrincha), outras nos quadris, outras na coluna (bicos de papagaio). Em algumas pessoas, a artrose pode se comportar mais agressivamente, com um componente inflamatório local, gerando a artrose erosiva, muitas vezes confundida com a Artrite Reumatóide. Felizmente, esta é uma minoria dos casos.
Um fato cruel para as mulheres é que a artrose, já iniciada silenciosamente, apresenta uma grande exacerbação após a menopausa. Assim, é frequente que os sintomas da artrose se iniciem próximo desta fase nem sempre fácil da vida da mulher. Os homens também têm artrose, mas o processo costuma ser mais lento, exceto naqueles onde a herança genética é mais intensa.
Assim, o processo de desgaste da cartilagem articular, fenômeno universal entre aqueles que passam dos 40 ou 45 anos, fica mais simples de ser compreendido e aceito. Não devemos apenas menosprezá-lo e fazer como os médicos de antigamente, dizendo: isso é assim mesmo, você precisa conviver com a dor. A artrose muitas vezes não causa dor, mas quando isto acontece, devemos tratá-la da melhor maneira possível.
Como ainda não descobrimos como regenerar o tecido cartilaginoso, devemos tratar os sintomas da artrose com analgésicos (sempre) e antiinflamatórios (somente nas crises). Há medicamentos capazes de retardar o processo e amenizar seus sintomas: a glucosamina (associada ou não à condroitina), os chamados insaponificáveis do abacate, entre outros. O uso de medicamentos como a hidroxicloroquina pode ser útil nas artroses erosivas.
Mas a medicação é apenas uma pequena parte do tratamento da artrose. Perder peso, fortalecer globalmente a musculatura, utilizar técnicas como a hidroterapia e outras formas de tratamento fisioterapêutico, associar acupuntura como aliada no combate à dor; tudo isto constitui um conjunto de medidas capazes de melhorar muito os sintomas da artrose.
Assim, compreendendo melhor o significado desse processo, podemos ajudar os pacientes a tomar consciência da necessidade de uma mudança de hábitos de vida, cuidando melhor dessas preciosas dobradiças que garantem todos os nossos movimentos: as articulações.
Artrite Reumatoide
O que é artrite?
O que é reumatismo?
Síndrome de Sjögren
A Síndrome está relacionada aos problemas reumáticos. Os principais sintomas incluem secura nos olhos, nariz e boca. Além disso, pode ocorrer secura também na vagina e pele, estes sintomas fazem parte da Sjörgen Primária. A doença poderá influenciar o funcionamento dos vasos sanguíneos, rins, pulmões, fígado, pâncreas e cérebro, caracterizando a Sjörgen Secundária.
A doença não possui cura, mas existem medicamentos que podem estabilizar a situação. Os principais indivíduos afetados são mulheres a partir dos 40 anos. Estima-se que 4 milhões de pessoas sofram da Síndrome só nos Estados Unidos.
Esclerodermia
Fatores ambientais, como a exposição à sílica e o uso de certos medicamentos podem desencadear a doença.
Existem dois tipos de esclerose sistêmica: a cutânea limitada e a cutânea difusa. A diferença entre elas é a extensão do acometimento da pele. Na esclerose sistêmica limitada, o espessamento da pele envolve somente mãos e antebraços, pernas e pés. Na difusa, as mãos, antebraços, braços, pés, pernas, coxas e tronco são acometidos. A face é afetada nas duas formas clínicas da doença. A importância em se fazer a distinção entre as duas formas é que sua extensão pode refletir o grau de dano de órgãos internos.
Diversas características clínicas podem ocorrer tanto na forma difusa quanto na limitada. O fenômeno de Raynaud, por exemplo, ocorre nas duas e acomete mais de 95% dos pacientes É uma situação clínica onde os dedos se tornam pálidos ou azulados quando expostos ao frio e voltam a se ficar corados após o aquecimento. Estes episódios são causados por um vasoespasmo dos pequenos vasos sanguíneos dos dedos, que com o passar do tempo podem ficar danificados, comprometendo a circulação nessa área. Este processo pode levar ao aparecimento de microulcerações de polpas digitais, podendo causar úlceras digitais dolorosas.
O esôfago também costuma ser afetado em quase todos os pacientes esclerodérmicos. A perda de sua capacidade de se movimentar espontaneamente (motilidade) pode acarretar engasgos frequentes nas refeições e o refluxo do ácido gástrico para o esôfago pode causar queimação na “boca do estômago”.
Outra característica da doença são as telangiectasias, pequenas manchas vermelhas que aparecem nas mãos, braços, face e tronco. Não trazem nenhuma consequência mais grave, mas são desagradáveis do ponto de vista estético, especialmente quando ocorrem na face. A presença de telangiectasias em esôfago, estômago e intestinos pode ocorrer em alguns pacientes e causar sangramentos.
Pessoas com a forma difusa da esclerose sistêmica também podem desenvolver fibrose pulmonar (causando espessamento dos pulmões e interferindo na respiração) e acometimento renal e intestinal. Todos os pacientes esclerodérmicos devem fazer teste periódico de função pulmonar a fim de monitorar o desenvolvimento da fibrose pulmonar. Sintomas de doença pulmonar incluem tosse seca persistente e falta de ar. Nos estágios iniciais da doença, o paciente pode não manifestar sintomas, daí a importância da prevenção.
O acometimento renal ocorre mais frequentemente na esclerose sistêmica difusa, especialmente nos primeiros cinco anos após o diagnóstico e geralmente se inicia com um súbito aumento da pressão arterial, que no começo pode ser assintomático. Se não detectado e tratado, este aumento da pressão pode danificar os rins em questão de semanas, o que é conhecido como crise renal esclerodérmica.
O risco de extenso acometimento do tubo digestivo, com lentificação da motilidade de esôfago, estômago e intestinos, é maior nos pacientes com esclerose sistêmica difusa. Estes sintomas incluem a sensação de ficar “estufado” por tempo prolongado após as refeições, diarréia e alternância de diarréia e constipação intestinal.
Também pode ocorrer calcinose, ou seja, presença de depósitos de cálcio nas estruturas da pele, que podem tomar a forma de nódulos firmes ou áreas como se fossem contusões, que costumam ocorrer em dedos das mãos e cotovelos, mas podem acometer várias outras áreas do organismo.
A esclerose sistêmica limitada com doença prolongada pode causar nos pacientes a hipertensão pulmonar (HP), que é um aumento da pressão nos vasos sanguíneos dos pulmões. Este aumento de pressão é totalmente independente da pressão arterial, comumente verificada nos braços. O sintoma mais comum é a falta de ar em atividades que exigem esforços.
Artrite Psoriásica
A psoríase de pele isolada ocorre em 1 a 3% da população e sua associação com artrite pode ocorrer em 10 a 42% dos pacientes. Usualmente a manifestação cutânea aparece na segunda ou terceira décadas de vida, enquanto que o quadro articular geralmente aparece duas décadas após. Em cerca de 75% dos casos, o quadro cutâneo precede a artrite, em 15% é posterior e em 10% a doença cutânea e a articular são concomitantes. A prevalência da APs na população geral é de 1-2%. A artrite pode manifestar-se: Idade Em qualquer idade, com pico entre 30 e 50 anos. Sexo Freqüência similar entre homens e mulheres, apesar da forma espondilítica afetar 3 a 5 vezes mais pacientes do sexo masculino e Irite pode ocorrer em até 5-7% dos casos. Distintas formas clínicas, padrões e graduações de artrite podem ocorrer em pacientes com lesões mínimas de pele ou com psoríase esfoliativa generalizada. A doença pode variar de leve a mutilante, afetando: dedos das mãos e pés coluna joelhos tornozelos quadris Manifestações nos olhos, vasos e pulmões podem ocorrer. O paciente pode ser do sexo masculino ou feminino com cerca de 45 anos de idade que após algum tipo de estresse emocional desenvolve lesões vermelhas descamativas na pele e alguns anos após, apresenta inflamação nas articulações com rigidez, dor e inchaço particularmente nas pontas dos dedos das mãos e pés. As lesões cutâneas podem ser variadas, localizadas ou difusas. Os exames de sangue mostram inflamação e as radiografias podem revelar algumas vezes o caráter erosivo e agressivo da doença O tratamento da artrite psoriásica é individualizado. Alguns acreditam que a lama do Mar Morto é benéfica para o controle das manifestações de pele! Em geral, a maioria dos pacientes apresenta alívio dos sintomas articulares com o uso de antiinflamatórios, mas medicamentos remissivos são a melhor opção já que possibilitam mudança na evolução natural da doença. Medicações podem ser colocadas diretamente dentro da junta afetada proporcionando rápida melhora da dor. Medidas físicas, reabilitação, fisioterapia e terapia ocupacional são fundamentais e quando necessário, cirurgias ortopédicas corretivas podem ser realizadas. É importante destacar que tratamento específico precoce deve ser rapidamente iniciado pelo especialista - o médico reumatologista - para evitar incapacitação funcional. Neste sentido, a introdução do uso de agentes biológicos ou terapia imunobiológica que atua diretamente nas células e nas proteínas alteradas na artrite psoriásica, têm mostrado excelentes resultados, melhorando de forma significativa a doença articular e cutânea. Estes medicamentos são aplicados na veia ou sob a pele com supervisão médica cuidadosa em clínicas de infusão ou hospitais e têm mostrado promover melhor qualidade de vida ao paciente afetado pela doença.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Febre reumática: Vacina contra a doença deve ser testada em humanos
No Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (InCor), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, testes com camundongos mostraram que a vacina imunizou de 80% a 100% dos animais. A vacina também funcionou em porcos.
Para que a expectativa se concretize no ano que vem, os cientistas precisam preparar a documentação a ser submetida à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e esperar a resposta do órgão.
Pesquisa
A vacina é fruto de uma pesquisa do Incor, realizada durante 20 anos, que custou cerca de R$ 10 milhões à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O medicamento precisa passar por pelo menos três fases de testes antes de chegar ao mercado, o que deve custar R$ 6 milhões nos próximos anos.
Os experimentos com voluntários vão mostrar com qual intensidade a vacina é capaz de induzir resposta no corpo humano e as reações que pode provocar.
O que é febre reumática?
A febre reumática é uma doença autoimune, inflamatória, que afeta as articulações e passa a destruir válvulas do coração.
Ela atinge principalmente crianças e adolescentes de países pobres e começa com uma infecção na garganta pela bactéria Streptococcus pyogenes.
Os problemas acontecem por que as células do sistema imune aprendem a combater a proteína M, presente na superfície da bactéria, mas a confundem com proteínas do coração e articulações.
Se a infecção não é tratada, entre 1% e 5% das crianças adquirem dores nas articulações. Dessas, entre 30% e 40% vão desenvolver problemas cardíacos.
Os principais sintomas são febre, edema (inchaço) e dores nas articulações, impossibilitando, muitas vezes, a criança de andar por causa da dor. Quando a doença atinge o coração, o paciente sente cansaço contínuo e falta de ar.
É importante que se faça uma análise cuidadosa de todos os sinais clínicos e exames, pois não existe teste ou sinal específico que facilite o diagnóstico. O tratamento da febre reumática é feito com o uso de antibióticos à base de penicilina.
Todo ano, 616 milhões são infectados pela bactéria e cerca de 15,6 milhões desenvolvem a doença, informa uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2005.
No mesmo ano, a doença matou 283 mil crianças e adolescentes. No Brasil, o Ministério da Saúde identificou 10 milhões de infecções e 15 mil novos casos de doença cardíaca por ano
Doenças Reumáticas – Fique atento!
Dores nas articulações e nos pés merecem atenção redobrada quando são constantes. Muitas vezes o diagnóstico de tendinite ou a desculpa de trabalhar muitas horas na mesma posição não são precisos o suficiente para diagnosticar doenças como o reumatismo.
Por ser uma doença de tratamento caro o governo disponibiliza alguns medicamentos, mas nem todos podem ser encontrados nos postos de atendimento do SUS.
Abrangente, o reumatismo hospeda mais de 100 doenças em seu histórico, que podem também afetar órgãos. Para obter o auxílio doença muitas vezes o paciente passa por situações constrangedoras, se, por exemplo, no dia da perícia não apresentar os sintomas.
Estatística
Dados do Ministério da Previdência Social apontam que no ano passado, entre os meses de janeiro e novembro um número aproximado de 400 mil brasileiros foram afastados de seus postos de trabalho devido a problemas crônicos nas articulações.
Reumatismo representa segunda maior causa das faltas ao trabalho no Brasil