quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O que é espondiloartropatia?

As espondiloartropatias representam um grupo de doenças inter-relacionadas que guardam certos aspectos em comum, como características epidemiológicas, patogenéticas, clínicas e patológicas. As entidades que compõem este grupo de doenças incluem a espondilite anquilosante, a síndrome de Reiter, a doença de Behcet, a artrite de Marie-Strumpell, a espondilite reumatóide, a artrite psoriásica, as enteroartropatias e as artrites reativas pós-infecciosas.

Elas são caracterizadas pelo envolvimento das articulações sacroilíacas, pelo desenvolvimento de artropatias inflamatórias periféricas e pesquisa de fator reumatóide negativo. São incluídos outros achados, como: tendência de acometer membros da mesma família, acometimento ocular, da pele e de seus anexos (pêlos, unhas) e das mucosas, podendo também ocorrer o envolvimento das valvas cardíacas e dos pulmões (embora essas duas últimas manifestações sejam bastante raras).

A inter-relação deste grupo de condições que formam as espondiloartropatias tem origem numa variedade de sinais e sintomas relativos a vários sistemas do nosso organismo. Mesmo nas artropatias reativas, nas quais o agente infeccioso desencadeante é reconhecido, a patogênese destas condições é pouco conhecida, assumindo-se que vários genes interagem para definir a expressão fenotípica específica.

As artropatias reativas podem ser definidas como um quadro de artrite inflamatória estéril, em um espaço de tempo e local distinto do processo infeccioso desencadeante primário. Essas artropatias podem ser consideradas doenças tipicamente relacionadas a um determinado gene, (alelo HLA-B27), entretanto, isso não se aplica à febre reumática, que deve ser encarada como um fenômeno reativo devido à reação cruzada entre os antígenos da bactéria estreptococo e proteínas formadoras do tecido cardíaco.

As diversas espondiloartropatias são classificadas dependendo das diferentes manifestações articulares, peri-articulares e ou as diversas manifestações clínicas, como, conjuntivite, uretrite, envolvimento cutâneo e evolução clínica. Além disso, dados clínicos, epidemiológicos, imunogenéticos e radiológicos, nos ajudam a separar as espondilartropatias da doença reumatóide soronegativa do adulto.

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